segunda-feira, 28 de maio de 2012

Hortas comunitárias da região metropolitana de Porto Alegre serão fortalecidas pelo governo Federal

Famílias em vulnerabilidade social residentes na região metropolitana de Porto Alegre receberão apoio para cultivar hortas comunitárias. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) firmou convênio com o Rio Grande do Sul para implantar um Centro de Apoio à Agricultura Urbana e Periurbana, por meio do qual o governo federal incentiva a pequena produção.O MDS repassará R$ 720 mil à Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social do estado, que dará como contrapartida R$ 180 mil, totalizando R$ 900 mil. O Rio Grande do Sul foi selecionado em edital público lançado em 2011. “O objetivo principal desses projetos é apoiar atividades agrícolas desenvolvidas nas cidades e nas periferias. A proposta é que cada estado tenha um centro desse tipo”, diz a coordenadora-geral de Agricultura Urbana e Periurbana do ministério, Maristela Calvário Pinheiro.O centro não ocupa um espaço físico próprio. Funcionará na secretaria e atenderá em torno de 321 famílias dos municípios de Porto Alegre, Cachoeirinha, Canoas, Eldorado do Sul, Gravataí, Novo Hamburgo e Viamão. “São agricultores familiares incluídos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e prioritariamente beneficiários do Bolsa Família”, explica a coordenadora.Os beneficiários receberão capacitação, assistência técnica e insumos. A proposta é fortalecer a agricultura na região, melhorando a qualificação dos agricultores na plantação e comercialização, geralmente feita em feiras populares.Os alimentos são cultivados de forma comunitária, com uso de tecnologias de base agroecológica, em espaços públicos urbanos e periurbanos ociosos. São hortas, lavouras, viveiros, pomares, canteiros de ervas medicinais, criação de pequenos animais, unidades de processamento e beneficiamento agroalimentar, que estarão em operação no máximo em sete meses.Assim, os beneficiários terão aumento na oferta de alimentação saudável e em quantidade suficiente e permanente, além de geração de trabalho e renda. “Com essa parceria, esperamos alcançar as famílias em situação de vulnerabilidade, conforme prevê o Plano Brasil Sem Miséria”, avalia Maristela.Para 2012, a coordenadora cita duas metas principais: “Aprovar um marco legal para que os agricultores urbanos e periurbanos sejam considerados agricultores familiares e assim possam acessar os programas voltados para esse público; e atingir a Região Norte, onde há poucos programas no setor”.

Kamila Eduarda Hering

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